Radiologia: Como Transformar a Aprendizagem?

Você já ouviu falar que o único jeito de ter estabilidade é saber lidar com as instabilidades? Nós vivemos em um mundo de constante evolução e na radiologia não é diferente. 

A todo momento vemos notícias sobre algo novo, incluindo doenças que nos prendem em quarentenas. 

Ao mesmo tempo, o ser humano sempre consegue se adaptar e fazer qualquer situação ficar a seu favor. Isso, é claro, quando se tem uma perspectiva de todas as coisas. 

Com a suspensão dos trabalhos presenciais, o home office ajudou muitas pessoas e muitas outras precisaram se reinventar para conseguir um sustento. 

Sem as escolas e universidades, o EAD foi uma das soluções para que nem todo aprendizado fosse perdido. 

Se você reparar, até nossas vidas conseguem ser instáveis o tempo todo. Um dia acordamos radiantes e no meio dele acontece algo terrível que nos deixa melancólicos o resto da semana. 

Não só o mundo funciona como uma montanha russa, mas a vida em si é assim. 

O mundo e a vida não param por uma instabilidade, mas reinventa-se para seu próprio benefício. É o que acontece também com a tecnologia. 

Evolução da Radiologia Durante o Século

Linha do tempo da Radiologia.

Vamos voltar em novembro de 1895, o ano em que a radiação foi descoberta.

Wilhelm Conrad Röntgen em um de seus experimentos com raios catódicos descobriu os raios x, onde o “x” pode ter sido usado por se tratar de um tipo de raio desconhecido.

Naquela época os aparelhos de raio x não geravam imagens com boa qualidade, além de gastarem muito tempo fazendo a aquisição e os pacientes ficarem expostos a uma alta taxa de radiação. 

Não se sabia ao certo quais efeitos a radiação ionizante causava no corpo humano. 

Chegada da Radiologia no Brasil

Dois anos depois da descoberta, em 1897, José Carlos Ferreira Pires foi o primeiro a trazer o aparelho para o Brasil e fez as primeiras radiografias na cidade de Formiga, em Minas Gerais. 

Por não haver energia elétrica na época, a qualidade das imagens obtidas por meio de pilhas e baterias não era tão boa. 

Pires não se contentou com isso e instalou um motor fixo a gasolina que trabalhava como gerador elétrico.

Somente após sete anos, entre o ano de 1903 e 1908, o engenheiro W. D Coolidge inventou o tubo de alto vácuo com focalização de feixe, semelhante aos tubos modernos. 

Isso permitiu que houvesse um grande avanço em qualidade e reprodução dos feixes de raio-x. 

Em 1904, a Siemens-Reiniger produziu o primeiro aparelho de raio-x com gerador monofásico e retificação de onda completa. 

Isso fez com que o tempo de duração dos exames fossem reduzidos, logo obtendo aumento na qualidade da imagem.

Em 1912, o radiologista Gustav Buckem criou a grade anti-difusora e em 1921 ela começou a ser vendida pela General Eletric (GE).

Cada uma dessas tecnologias tinha o intuito de obter maior qualidade nas imagens, menor tempo de exposição e redução da radiação espalhada no paciente. 

Em 1915, a General Eletric, utilizando a tecnologia do tubo de alto vácuo proposta por Coolidge, produziu o primeiro tubo de ânodo rotatório e a Siemens-Reiniger o primeiro gerador de raio-x trifásico. 

Todos os avanços durante esses anos foram um passo para que os diagnósticos precoces ocorressem, mas foi graças a um médico brasileiro que isso aconteceu. 

A Colaboração Brasileira na Radiologia

Manoel de Abreu -Contribuição na Radiologia.

Criador da Abreugrafia, Manoel de Abreu se formou em Medicina com 21 anos de idade, em 1913 no Rio de Janeiro. 

O índice de mortalidade por tuberculose nas décadas de 30 e 40 eram muito altas. Assim sendo, o primeiro aparelho destinado a tratar a doença foi construído pela Casa Lohner, em 1937.

O exame tinha como objetivo a fotografia do ecrã ou tela fluorescente, a documentação ocorria por meio de filme comum de 35mm ou 70mm. 

Era recomendado o filme de 35mm, pois era de baixo custo e exigia o uso de lentes de aumento especiais para a leitura e interpretação do exame. 

Assim, o exame foi utilizado para a identificação de tuberculose e doenças ocupacionais pulmonares. Logo espalhou-se rapidamente pelo mundo devido ao baixo custo operacional e alta eficiência técnica. 

A Tecnologia na Radiologia Hoje

Radiologia Hoje.

Apesar da primeira etapa parecer e ter sido um pouco lenta, a evolução da radiografia nos últimos anos foi surpreendente. 

Podemos observar isso nas representações tridimensionais digitalizadas, a computação em nuvem e o cruzamento de dados por meio de soluções em Big Data Analytics.

Tais tecnologias possibilitaram a realização de diagnósticos precoces mais rápidos e certeiros.

Hoje podemos contar com: 

  • Possibilidades de ajustes (contrastes) ou ampliação de imagens (PACS);
  • Armazenamento da Imagem em nuvem, permitindo sua visualização através de qualquer dispositivo que tenha internet;
  • Compartilhamento das imagens digitalizadas entre outros profissionais (ainda que estejam fora da instituição), o que facilita a tomada de decisão;
  • Redução significativa da dose de exposição dos pacientes à radiação;
  • Organização automática das filas de trabalho;
  • Moderação dos custos no setor de radiologia com a eliminação de filmes radiográficos;
  • Redução dos danos socioambientais provocados pelo uso do filme e de reveladores químicos;
  • Diminuição do tempo de espera para a emissão de laudos e a realização de diagnósticos.

Já entendemos que o século 21 deixa para trás quem não se atualiza. Portanto, sabemos que a única forma de estarmos em constante movimento é por meio do conhecimento e da atualização.

Isso não precisa ser um peso ou um grande fardo a ser carregado, como muitas pessoas vêem.

O conhecimento é um processo de constante busca.

Então, além de saber lidar com as instabilidades, estudar as tecnologias decorrentes e excepcionais como a inteligência artificial e entender o seu papel complementar em Radiologia, são as experiências exigidas no futuro.   

Quem Domina o Processo Usa a Tecnologia a Seu Favor

Somos ensinados a medir o sucesso entre salário e cargo. Assim, esse tipo de pensamento é o que tem levado a maioria das pessoas a exercer um cargo com infelicidade. 

O Burnout, ou seja, um estado de estresse crônico que leva a exaustão física e emocional, cinismo e desapego, sentimentos de ineficácia e falta de realização, tem acometido milhões de pessoas em todo o mundo. 

Atualmente o assunto com mais repercussão é a saúde mental das pessoas, ora de forma trivial, ora de uma forma aprofundada. 

Um estudo feito pela Archives of Internal Medicine, publicado em 2012 mostra que os médicos sofrem mais com burnout do que qualquer outro profissional.  

No entanto, gostar do que faz, ter saúde física e mental, ter tempo livre, cargo e salário são uma forma melhor de medir o sucesso. 

Se gostamos do que fazemos, temos uma boa saúde física e mental, temos tempo para aproveitar nossa família e nossos hobbies, temos um cargo legal e um salário bacana, então nos tornamos muito mais realizados e completos. 

Conhecimento é Poder

Não basta termos tudo isso. O conhecimento ainda se faz necessário.

É preciso ser flexível e saber aprender com rapidez em uma era onde as descobertas tecnológicas estão cada vez mais avançadas. 

Estamos em constante aprendizado durante toda nossa vida, mas quando desenvolvemos e aprimoramos nossas habilidades conseguimos dominar qualquer instabilidade. 

É normal alguém escolher radiologia e se questionar sobre como sua vida será daqui a 10 anos. A radiologia se transforma o tempo todo e isso é um fato. 

É preciso trocar palhas por alvenaria quase que a cada instante.

A tecnologia caminha de forma rápida, por isso é preciso caminhar ao lado dela também. 

A pressão que um radiologista sofre, tanto interna quanto externamente, já é enorme. Agora imagine o quanto a pressão pode aumentar se o profissional não fizer a menor ideia de como um robô inteligente funciona? 

Por isso, queremos te incentivar a seguir um termo: o aprendizado ao longo da vida. 

O Aprendizado ao Longo da Vida

Além de uma das vantagens serem acompanhar a tecnologia lado a lado, o aprendizado ao longo da vida gera motivação, estimula a criatividade e a confiança. 

O motivo pelo qual escrevemos sobre a evolução da Radiologia até os dias de hoje é para que você saiba que no passado também houveram desafios e os profissionais também precisaram ter resiliência e se superar para driblar eles. 

Os mesmos desafios nós encontramos hoje, ainda que em um patamar um pouco diferente. 

A pergunta é: Como nós podemos superar o tempo de hoje e usar a tecnologia a nosso favor? 

Por isso, abaixo está uma reflexão para cada um de nós sobre os próximos anos e como adquirir o aprendizado ao longo da vida. 

O Que é Aprendizado ao Longo da Vida? 

O aprendizado ao longo da vida é o aprendizado amplo de vida, ou que abarca todos os aspectos da vida. Ele não se condiciona aos saberes técnico-aplicados, mas busca ser universal e inclusivo. 

O primeiro passo para ser um aprendiz ao longo da vida é buscar e se envolver com assuntos que te interessam.

Algumas pessoas são mais idealistas que outras, sendo assim envolver-se com projetos sociais fará você se sentir muito mais confortável ao desempenhar sua profissão. 

Além disso, é impossível se sentir entusiasmado fazendo algo que não é de nosso interesse ou não tem conexão com nossos valores. É preciso achar o seu próprio ideal e segui-lo.

A participação voluntária em cursos livres ajudam o profissional a lidar com a pressão, a adquirir mais confiança e a ter entusiasmo pelo que faz. 

Auto Aprendizado

Um dos pontos mais importantes, no entanto, é o auto aprendizado. Ser um “ser integral” é tornar-se consciente da sua presença no mundo e ganhar entendimentos mais profundos sobre como tudo na vida está interligado. 

Tudo acaba se tornando um processo para você ser quem realmente nasceu para ser. 

Além disso, estando consciente sobre qual o seu lugar no mundo, é possível perceber onde errou ou acertou, sobre qual aprendizado aquela experiência te proporcionou.

Assim, o autoaprendizado poderá estar presente em um filme ou em uma telerradiologia em um paciente no interior do Acre. 

Portanto, saber aprender a aprender é essencial em qualquer área, não apenas profissional, mas da vida. 

Sempre precisaremos ter resiliência para saber lidar com diversos fatores e por isso a IMAG te ajuda a se reinventar sempre que preciso. Vamos nessa?!

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