Já ouviu aquela frase que diz “Na vida, a diferença entre ganhar e perder está nos detalhes”? Na rotina radiológica, a diferença entre uma interpretação assertiva e não-assertiva está nos detalhes também. Interpretar um exame da forma certa é uma tarefa muitas vezes difícil.
Mas calma! Estamos aqui para te ajudar a reconhecer esses detalhes e te mostrar como interpretar exames da forma correta.
A Tecnologia Como Uma Amiga Próxima
A tecnologia possibilitou o surgimento de métodos radiológicos que garantem mais segurança e maior precisão ao verificar de forma acurada a situação dos pacientes.
Portanto, doenças e problemas que anteriormente eram difíceis de diagnosticar e tratar, hoje são encontrados e controlados de muitas maneiras ao interpretar exames da forma certa.
As imagens radiológicas provém de diferentes técnicas, podendo ser de radiografias, tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia. Cada técnica possui sua singularidade e uso específico, mas também podem ser usados em conjunto para obter um diagnóstico mais preciso.
Por isso, o médico deve sempre procurar ter o máximo de conhecimento teórico e prático a respeito de cada um, assim é possível analisar pontos importantes e realizar uma interpretação correta.
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Como Interpretar Exames da Forma Certa
Erros são comuns e acontecem até mesmo com quem tem anos de experiência na área. É preciso estar sempre redobrando a atenção nessas ocasiões.
Confira abaixo algumas dicas que reunimos para você.
Imagem na Inspiração Completa
Desde já, a inspiração realizada pelo paciente influencia sobremaneira na produção de uma imagem com qualidade adequada para análise.
Um exemplo comum é que em Raio-X de tórax, uma imagem procedente de um esforço pequeno de inspiração pelo paciente pode ficar desfocada e/ou embaçada, diferentemente do que vemos em uma imagem com inspiração completa seguida de apneia voluntária até que o processo acabe.
Quando avalia o grau de inspiração, o médico deve contar o número de costelas acima do diafragma. Deve haver no mínimo seis espaços intercostais. Além disso, o centro do hemidiafragma direito deve estar localizado entre a quinta e a sétima costela e o final da parte anterior da sexta costela deve estar acima do diafragma.
Tempo de Exposição Ideal
O tempo de exposição para garantir a nitidez em cada exame de radiologia é diferente, justamente porque cada exame exige algo específico. Filmes muito expostos ficam escuros, bem como os que são pouco expostos ficam mais claros.
Na região torácica ou na lombar, é necessário um tempo de exposição breve e o uso de elevada taxa de miliamperagem (miliampere por segundo), minimizando assim qualquer chance de movimento e perda inconveniente de detalhes do exame realizado.
Rotação de Imagem
Assim como a inspiração e o tempo de exposição são necessários, a qualidade técnica também é muito importante, principalmente em termos de qualidade. Qualquer alteração deste fator pode acabar interferindo na interpretação assertiva do exame.
Logo, uma rotação de imagem que indique que o paciente não estava completamente alinhado ao chassi leva a uma representação do mediastino diferente do esperado.
Um jeito de resolver isso rápido é verificando o alinhamento das clavículas e pela localização mediana da espinha torácica no centro do esterno. Caso não haja essas situações, existem anormalidades no processo.
Vias Aéreas ao Interpretar Exames
As vias aéreas representam uma das regiões prioritárias para análise radiológica, pois é um exame que pode determinar o diagnóstico de doenças graves.
Desta forma, é preciso verificar se a via aérea está patente e mediana, levando em consideração a localização da carina. É preciso procurar também por consolidações, ou seja, áreas afetadas e causa comum de regiões hipotransparentes.
Sinais de Silhueta ao Interpretar Exames
Os sinais de silhueta são caracterizados pelas perdas de bordamento e contornos da densidade radiológica, compreendendo certos problemas que devem ser interpretados pelo médico.
Podemos destacar, por exemplo, o sinal de silhueta que acontece em uma lesão intratorácica, resultando no contato com os contornos mediastínicos ou dos hemidiafragmas e que indica uma possível patologia local.
Posicionar a Radiografia nas Incidências Adequadas
É necessário que as imagens estejam alinhadas para melhor interpretação. Um bom exemplo é na radiografia de tórax, onde as incidências são a póstero-anterior e lateral.
Assim, é importante dar atenção aos termos indicados e aos seus significados. Na póstero-anterior, por exemplo, a emissão de raio-X foi feita atravessando o paciente da parte de trás para a parte da frente.
Logo, no ântero-posterior, temos o oposto do exemplo acima.
Portanto, o raio-X lateral efetua-se com o lado esquerdo do peito do paciente encostado sobre o chassi. A visão oblíqua deve ser rotacionada entre a lateral e a frontal padrão.
Analisar o Diafragma
A análise do diafragma é imprescindível para entender a situação do paciente na radiologia, pois é um órgão que pode ser amplamente visualizado e estudado.
Desta forma, o médico precisa procurar por um diafragma reto ou elevado e indicação de anormalidades ou consolidações. Também é preciso observar o ângulo costofrênico, pois as anormalidades em sua regularidade podem apresentar efusões.
Verifique se o lado direito do diafragma é mais alto que o esquerdo por causa da presença do fígado.
Um Exame Assertivo É Importante Sim!
As imagens médicas na radiografia caracterizam um grande avanço para a humanidade. A verificação é feita de forma dinâmica e apresenta diversas situações no dia a dia. Entretanto, é preciso estar atento e, além disso, preparado para realizar um diagnóstico correto e seguro.
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